sábado, 13 de dezembro de 2008

VENENO EM FOCO - Engana que eu gosto!

O prefeito Mauro Zorzi que está preste a entregar o primeiro mandato e se coroar no segundo, prometeu em campanha que, nos lindes do atual governo, entregaria ao povo a Unaerp, o lago do Xinguí, a hidrelétrica, centenas de casas populares, centenas de empregos, FATECS, o reforço no policiamento, Turismo nas árvores e nas cavernas, dentre outros planos mirabolantes.
Faltando pouco para o término da primeira gestão, observamos que as promessas gritadas e cuspidas de cima de um palanque eleitoral apenas objetivaram o convencimento popular e, via de conseqüência, o poder. Em outras palavras, não foram realizadas.
Nesse sentido, das promessas não cumpridas poderia o político Mauro Zorzi ser considerado um mentiroso?
Segundo o filósofo David Livingstone Smith, “os políticos são mentirosos profissionais. Eles mentem habilmente e, na maioria das vezes, têm consciência disso. O que eles fazem é captar com precisão os anseios do eleitorado. Eles não estão preocupados se vão conseguir fazer o que prometem ou não. O político mente para se dar bem. Quando ele acredita na própria mentira, seu poder de persuasão se torna infinitamente maior. Hitler foi um exemplo disso. Era um enganador brilhante. E claramente acreditava no que dizia.”
Fincado no pensar do filósofo, o prefeito Mauro Zorzi, ao deixar de cumprir o prometido no palanque, pode ser considerado um mentiroso e, pior, nas palavras do estudioso, nosso cérebro está programado para aceitar falsidades, devendo ser esse o motivo da vitória que lhe garantiu a reeleição.
In foco, acabado o primeiro mandato sem que as promessas sejam concluídas, inspirado no adesivo lançado na passeata da reeleição e no pensar do filósofo, lamentavelmente, teremos que chamar o Prefeito Mauro Zorzi de político mentiroso.
Finalizando, sob o alicerce do estudo proporcionado pelo filósofo, acrescenta-se que a mentira na boca do político é uma questão de sobrevivência, sendo invariável imaginar que muito provavelmente as promessas efetivadas na constância do pleito de 2008 seguiram o mesmo caminho das antigas ainda não cumpridas, ou seja, tudo se resumirá na mais pura falácia ou mentira, ou no dito popular, “no conto do vigário”.
Thiago Pelegrini Spadon